"* escrita em 64 páginas -Livro Poema Partitura"

 mini livro labirinto 2011.  Tiragem 500 exemplares - distribuição gratuita

Exposição ARMAZÉM - 2011. Museu Victor Meirelles. Florianópolis. SC

Exposição ARMAZÉM, 2012. Museu de Arte de Blumenau. Blumenau. SC

Dilaceração: uma poética do aprender em Arte

“Dilaceração: uma poética do aprender em arte” surgiu a partir de leituras, ainda que incipientes, sobre o “Nascimento da Tragédia ou Helenismo e Pessimismo” de Nietzsche, em que o filósofo expõe os problemas da criação e a dimensão trágica nos processos da aprendizagem e a construção de sua concepção de estética a partir de uma visão dionisíaca do mundo.

Apresenta-se como uma intervenção artística dentro do programa de Pós-Graduação em Educação – Mestrado – FAE/UFPEL, na problematização da pesquisa educacional acadêmica e a relação com o processo artístico no aprendizado de uma poética em Artes Visuais, cujo percurso envolve quatro obras artísticas que são atravessadas pela figura estética do “*”, “Dilacerado” - realizado sobre suporte digital que consiste no arremesso de uma série de objetos de louça de uso doméstico sobre uma parede, “250 km ao Sul”- compõem-se de uma série de três desenhos realizados com caneta esferográfica azul sobre tecido Voil, “Borderescrever”- afirma uma escrita educacional mais poética bordando textos em outros suportes e recosturando os cacos no alinhavar do labirinto; e o “livro Labirinto”que faz a junção e dilaceração de todos esses elementos potencializando essa criação.

Constitui-se do inventariado de obras de arte, atravessamentos literários e do encontro com Nietzsche, Deleuze, Guattari, Spinoza, Henry Miller, Hilda Hilst, Artaud; juntamente com artistas, Leonilson, Hélio Oiticica, Joseph Beuys, Barrio, Louise Bourgeois. Do encontro com colegas, amigos, orientadores e professores do programa FAE/UFPEL e da linha da Diferença da Faculdade de Educação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul /UFRGS, Porto Alegre, que são os intercessores dessa produção litero-artística.

O que está em jogo aqui, não é pensar a aprendizagem pelos modelos tradicionais de fazer pesquisa acadêmica, e sim mostrar o potencial pedagógico desse aprendizado através de uma poética do processo, work in progress, na criação do objeto livro labirinto.

Afirma-se como uma produção artística contemporânea que disserta via construção do labirinto a possibilidade de se pensar a relação entre a arte e vida aproximando-as pela experimentação e transgressão na forma produzindo assim a diferença.

Mais do que pensar os conceitos, o que se pretende aqui é problematizar a forma pelo que devém dos conceitos para criar e afirmar uma vontade de arte no aprender. Expõe os problemas da criação, do dilaceramento e do sentido trágico da existência atravessado pelo perspectivismo nietzschiano nos dionisismos do ato estético.

Abstract

“Laceration: a poetics of learning in art” emerged from readings, although incipient, about Nietzsche’s “The birth of tragedy, or Hellenism and Pessimism”, where the philosopher presents the problems of creation and the tragic dimension in learning processes, as well as the construction of his aesthetics after a Dionysian view of the world.

It is presented as an art intervention within the Post-Graduate Program in Education – Master’s Degree – at FAE/UFPEL, to debate academic educational research and its relationship with the art process when learning a poetics on Visual Arts – whose trajectory involves four works of art crossed by the aesthetic figure of “*”. They are: “Lacerated” – made on digital support that consists in throwing several domestic china objects at a wall; “250 km to the South” – includes a series of three drawings made with blue ballpoint pen on Voil fabric; “Borderwriting” – asserts a more poetic educational writing by embroidering texts on other supports and re-sewing the shards when basting the labyrinth; and the “Labyrinth book”, which brings together and lacerates all those elements, enhancing that creation.

It consists of inventory of works of art, literary crossings and the encounter with Nietzsche, Deleuze, Guattari, Spinoza, Henry Miller, Hilda Hilst, Artaud; together with artists, Leonilson, Hélio Oiticica, Joseph Beuys, Barrio, Louise Bourgeois. Also the encounter with colleagues, friends, advisors and professor at the FAE/UFPEL program and the group on Difference at the School of Education at Rio Grande do Sul Federal University/UFRGS, Porto Alegre, Brazil, who are the intercessors of such literary-artistic production.

What is at stake is not to think learning through traditional models of academic research, but rather showing the pedagogical potential of that learning through a poetics of process – work in progress – in the creation of the object labyrinth book.

It affirms itself as a contemporary art production that dissertates, through the construction of the labyrinth, on the possibility to think the relationship between art and life, bringing them close by experimentation and transgression, therefore producing difference.

More than thinking the concepts, what is intended here is to debate form through what is becoming of the concepts in order to create and to assert a will for art in learning. It exposes the problems of creation, lacerating, and the tragic meaning of existence crossed by Nietzschean perspectivism in Dionysisms of the aesthetic act.

Key words: Art – creation – Laceration – Labyrinth writing